DEVOCIONAIS

"É perseverando que vocês obterão a vida."
       “Vocês serão traídos até por pais, irmãos, parentes e amigos, e eles entregarão alguns de vocês à morte. Todos odiarão vocês por causa do meu nome. Contudo, nenhum fio de cabelo da cabeça de vocês se perderá. É perseverando que vocês obterão a vida.”  - Lucas 21:16-19 -
     É difícil para muitos imaginarem alguém sendo odiado por causa de Jesus. A maioria que lêem este devocional podem pregar em qualquer esquina da cidade onde moram sem medo de represálias ou perseguição. Mas, o inimigo ainda trabalha para intimidar e oprimir os servos do Senhor. Alguns que lutam para vencer barreiras denominacionais são marginalizados, caracterizados como "traidores" das particularidades das suas igrejas. Outros que batalham contra tradições religiosas e legalismo são atacados e tratados com ódio pelos próprios irmãos. O tempo passa, mas as táticas do inimigo não mudam muito. Se você sofre por causa do nome de Jesus, seja qual for o motivo, saiba que está em boa companhia. Dos primeiros dias do Cristianismo até hoje, alguns tiveram que passar por isso e outros passarão até que o Senhor volte. Continue. Fique firme. Olhe para Jesus e tente ouvir de novo o tom urgente de encorajamento na voz dele quando ele diz "É perseverando que vocês obterão a vida."
OREMOS:
     Nosso Grandioso Rei, somente o Senhor sabe o que seus servos têm passado por causa do nome de Jesus. Fortifique-os com todo poder. Dê paz e perseverança a eles. Ajude-os a levantarem seus olhos e a ouvirem a voz do nosso Mestre nos encorajando. Ele nos chama para uma glória que não tem comparação com qualquer coisa deste mundo. Que possamos ser fiéis até o fim. Em nome de Jesus oramos e agradecemos. Amém.




       Então Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?” Jesus respondeu: “Eu lhe digo: Não até sete, mas até setenta vezes sete.”     - Mateus 18:21-22 -
   Jesus acaba de mostrar a necessidade do Cristão confrontar o pecado (18:15-17). Quando um discípulo peca ele precisa se arrepender. E o irmão que foi objeto do pecado? Quantas vezes ele deve sofrer o dano e ainda perdoar? Na época os rabinos cogitavam até três vezes. Pedro aparentemente considerou que estava indo além da conta com sete vezes. O que Jesus responde é que não há limite para o perdão. É um pressuposto que o pecador neste caso está arrependido (v. 15). Perdão é uma das coisas mais caras que o Cristão pode dar. Custou a Jesus a sua vida. No entanto, o perdão não tira nada de nós. Pelo contrário, ele só traz bênção. Paz interior, reconciliação com o pecador e livramento da amargura. Mas, talvez a maior bênção que o perdão nos traz, seja a justa lembrança de que nós também somos devedores a Cristo do perdão que ele nos deu – perdão este que, se tivesse sido limitado, deixaria todos nós na perdição. Graças a Deus que o “setenta vezes sete” de Jesus não é literal e sim apenas uma maneira de dizer “não tem limite”. Graças a Deus. Agora é a nossa vez de compartilhar o que já recebemos em abundância. Tem alguém que você precisa perdoar?

OREMOS:
   Pai santo e misericordioso, como é que o Senhor pode ser mesmo santo, separado do pecado, mas ainda deixar pecadores como eu entrar na Sua presença? Só pode ser pelo amor de Jesus! Ajude-nos a conhecermos cada vez mais esse amor imenso. Que possa ser a força do perdão em nossas vidas, seja qual for a dor que sofrermos. Em nome de Jesus oramos. Amém. 



 
" Justiça será feita e quem a fará será Deus"
   “Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim também acontecerá no fim desta era. O Filho do homem enviará os seus anjos, e eles tirarão do seu Reino tudo o que faz tropeçar e todos os que praticam o mal. Eles os lançarão na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Aquele que tem ouvidos, ouça.”     - Mateus 13:40-43 -

   Esta parábola não é sobre uma igreja cheia de falsos Cristãos, e sim, sobre os discípulos, os “filhos do Reino”, tendo que conviver com os “filhos do Maligno”. A maioria dos Cristãos têm uma vida no mundo, em convívio com pessoas que não querem nada com Deus. Deus está ciente dos riscos que seus filhos correm, e ele quer que nós saibamos que ele está em controle da situação. O inimigo semeia, mas, quem determina o fim das coisas é Deus. O Diabo atua, mas sua atuação é limitada por Jesus. Satanás quer nos assustar. Ele quer nos amedrontar. Ele quer abalar nossa fé em Deus e nossa confiança em Jesus. Ele quer nos provocar ao pecado. Justamente por causa disso, Jesus nos prometeu que haverá um ajuste de contas. Justiça será feita e quem a fará será Deus. Tem algo lhe deixando inconformado, incomodado ou até abalando a sua fé? Isso não deve lhe surpreender. Jesus avisou que teríamos que conviver com o joio. Mas, tudo isso tem data e hora marcada para terminar. Se você confiar em seu Rei, e esperar nEle, ele lhe dará a força para permanecer fiel até aquele dia. Jesus promete que um dia vamos brilhar “como o sol”, não só por estarmos na presença de nosso Pai Celestial, mas porque não haverá mais maldade. Que possamos confiar em Jesus que este dia vai chegar e que, quando chegar, durará pela eternidade.

OREMOS:
   Senhor, todo poderoso, peço que me perdoe quando deixo a maldade desse mundo me levar a duvidar do seu poder, da sua grandeza e do seu cuidado por mim. Peço ao Senhor que proteja os pequeninos ao meu redor, cuja fé ainda é nascente, dos tropeços e dos efeitos da maldade. Fortaleça-os em Cristo Jesus para que possam permanecer nEle até o fim. Em nome de Jesus eu oro. Amém.




      “Por que vocês se preocupam com roupas? Vejam como crescem os lírios do campo. Eles não trabalham nem tecem. Contudo, eu lhes digo que nem Salomão, em todo o seu esplendor, vestiu-se como um deles. Se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada ao fogo, não vestirá muito mais a vocês, homens de pequena fé?"     - Mateus 6:28-30 -

         A cultura, o comércio e até os governos do mundo em que vivemos parecem estar dirigidos cada vez mais a provocarem um consumismo desmedido. Novos desejos são estimulados, e necessidades antes desconhecidas são despertadas. Para tudo isso insistem que precisamos de novos “produtos” e “serviços”. É como  José Comblin notou, “a civilização ocidental atual parece uma máquina de despertar e satisfazer desejos”. Sempre tem algo “novo”. Moda nova, aparelhos novos, soluções novas para nossas carências emocionais e até espirituais. E sentimos que temos que possuir ou experimentar essas novidades. Não percebemos que, como o autor de Eclesiastes declarou, estamos correndo atrás do vento (Ecl 1:14). Cada novidade ocupa mais da nossa visão e ficamos cada vez mais cegos para a verdadeira solução. Jesus nos promete alívio – e só Ele pode dar. “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso” (Mt 11:28). Mas, há um fardo que Jesus não pode aliviar. É o peso que nós colocamos em nós mesmos. Preocupação e ansiedade sobre coisas que Jesus nos promete, mas ainda não deu, ou já 
nos deu, mas ainda não aceitamos, cria um fardo que Jesus não pode levantar. O livramento desse fardo depende da nossa fé e só será levantado quando descobrimos quem Jesus é e o quanto Ele já fez e vai fazer por nós.

OREMOS:
           Senhor bondoso, não há nada que eu precise que o Senhor deixou de dar a mim. Quando pensei que faltou algo, eu vi depois que fora melhor que eu não tivesse recebido aquilo que tanto queria. Como o Senhor é bom. Ajude-me a resistir aos enganos deste mundo em que vivemos e a confiar na providência eterna do Senhor. Em nome de Jesus pedimos. Amém.





“Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo’. Mas eu lhes digo: - Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem, para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos.” - Mateus 5:43-45 -

A lei mandava amar o próximo (Lev 19:18). Mas alguns intérpretes da lei concluíram que uma inferência necessária do amor ao próximo seria o ódio ao inimigo. Vemos como as inferências humanas são perigosas. Só porque Deus mandou uma coisa não quer dizer que outra coisa que não seja mandada é proibida. Se Deus mandou amar o próximo não quer dizer que era proibido amar o inimigo. Mas, era isso que certos intérpretes concluíram. O amor ao inimigo é um dos maiores desafios para o Cristão. Há inimigos que causam dor, perda e até criam obstáculos para o crescimento do Reino. É difícil entender como amor a eles seria a vontade de Deus. Mas, ninguém fez mais contra Deus do que aqueles que crucificaram seu filho Jesus. E qual foi o pedido de Jesus para eles? “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lucas 23:34). Como John Stott observou "Se a tortura cruel da crucificação não conseguiu silenciar a oração do Senhor por seus inimigos, que dor, orgulho, preconceito ou preguiça justificaria o silêncio da nossa?"

OREMOS:
Santo Deus, nenhum dos meus inimigos fez comigo o que fizeram com Jesus. Ajude-me a sentir mais e mais o perdão de Jesus em meu coração e o amor dEle para com todos. Que todos, especialmente aqueles que pretendem me prejudicar, possam ver Jesus quando olhem para mim. No nome de Jesus eu peço. Amém.




-Marcos 15.17 -






-Hebreus 11.6-


- Salmos 145.10 -